Já montaram o time dos algoritmos cruéis: WhatsApp em massa na madrugada, fake news fabricada em série, robôs que sabem mais sobre a sua tia do que ela mesma. Jogam sujo, mas jogam com método.
Enquanto isso, parte da esquerda ainda acha que dado é só planilha sem graça. Não é. Dado é carne. É suor. É o operário que clica cansado no celular depois do turno, é a estudante que busca “bolsa de estudo” e recebe propaganda de ódio.
Ignorar isso é como soltar um barquinho de papel numa enchente e achar que ele vai resistir.
Dados são também poesia. São pistas de como a gente sonha, ama, sofre. Se bem usados, viram mapa de esperança — não arma de destruição.
Em 2026, a disputa não é só contra candidatos, é contra um império digital que prefere o grito ao afeto. E aqui vale lembrar Sêneca: “viver é a coisa mais rara do mundo; a maioria apenas existe.” No feed também é assim: poucos contam a própria história, a maioria é contada por outros.
A pergunta é simples: vamos deixar os fascistas escreverem nossos destinos em código estrangeiro — ou vamos assumir que soberania digital é soberania política?
Porque, no fim, cada dado é uma vida. E cada vida merece ser contada do nosso lado da história.

2026: O FEED DECIDE
Na política digital, não é sobre postar, mas criar ondas de conteúdo que viralizam. Em 2026, cada scroll pode ser um voto invisível.