Já parou para pensar que um dos erros mais comuns na construção de marcas, figuras públicas e projetos é confundir visibilidade com relevância?
Conheço gente que só posta suas conquistas: prêmio recebido, projeto entregue, número alcançado. Parece forte, mas soa distante. É como assistir alguém do alto de um palco, sem nunca poder conversar no corredor.
Agora, quando esse mesmo profissional compartilha o processo, responde dúvidas e mostra bastidores, algo muda. Ele deixa de ser apenas vitrine e se torna referência. Surge confiança. E confiança é o coração do branding, um passo grande para gerar relevância.
Na política, o erro é parecido, mas o custo é muito maior. Políticos que só falam de si mesmos podem até viralizar, mas não fidelizam. O público aplaude um dia e esquece no outro. É fumaça.
Mas existe outro caminho. O caminho da escuta, da organização de contatos, da territorialização de pautas. Quando isso acontece, seguidores deixam de ser apenas audiência. Eles viram base. Viram gente disposta a caminhar junto, defender ideias, multiplicar mensagens.
E esse não é um raciocínio abstrato. A prática já provou que funciona. Há figuras públicas que se tornaram referência nacional justamente por transformar audiência em comunidade. Não porque tinham mais seguidores, mas porque criaram espaços de troca reais, onde cada pessoa se sente parte da luta. Essa relação gera não só engajamento digital, mas presença física em atos, campanhas de mobilização e sustentação de longo prazo. É a diferença entre ser celebridade e ser liderança.
No fundo, a lógica é simples: não é sobre falar para muitos. É sobre falar com alguns e transformar esses alguns em multiplicadores.